HomePersonalidadesDéo Garcez, o delegado Martinho em um bate-papo informal com o Cidade.

Déo Garcez, o delegado Martinho em um bate-papo informal com o Cidade.

Déo Garcez, o delegado Martinho em um bate-papo informal com o Cidade.

Deo Garcez

Déo Garcez, ator- Luca Machado.

Déo Garcez nasceu em São Luiz do Maranhão, em 5 de julho. Formado pelo curso de Bacharelado em Interpretação Teatral pela Fundação Brasileira de Teatro de Brasília-DF, Licenciatura Plena em Artes Cênicas pela Fundação Brasileira de Teatro, da Faculdade Dulcina de Moraes, de Brasília e pelo Curso de Interpretação Teatral, com o diretor Antunes Filho, no CAL- Centro de Artes de Laranjeira, no Rio de Janeiro, o ator já atuou em diversas peças de teatro e novelas de várias emissoras de TV. Na televisão fez na TV Manchete a novela:  Xica da Silva, Mandacaru. Na  MultirioMar de Palavras. Voltou à Globo e fez: O Cravo e a Rosa. Foi para o SBT e participou da novela: Canavial de Paixões, Carrossel. Fez na TV Record: A Escrava Isaura, Prova de Amor,

Caminhos do Coração, Os Mutantes e  Promessas de Amor. Hoje Déo esta de volta a Rede Globo com o Delegado Martinho de Pedra Santa na novela O Outro Lado do Paraíso.

Déo Garcez é o nosso convidado para um bate – papo informal com Ayala Rossana (Produtora Teatral, Agente Cultural, Atriz e nossa Colunista).


Vamos conferir esse encontro?

Cidade da Mídia – Deo como descobriu sua vocação para atuar? Com quantos anos? Fale um pouco da sua experiência em atuar em teatro, cinema e  Tv?

Déo Garcez – Decidi ser ator aos onze anos de idade ao assistir uma peça infanto juvenil em São Luiz – MA, no Teatro Arthur Azevedo. Foi mesmo paixão à primeira vista pelo teatro. Desde essa época comecei a fazer teatro com o mesmo grupo de teatro que apresentava a peça infanto juvenil, sob a direção do saudoso Reinaldo Faray, meu primeiro diretor. Daí nunca mais parei. Tenho no currículo cerca de cinquenta peças e doze novelas. O teatro pra mim é a base da interpretação. O aprimoramento técnico e a prática que têm sido fundamental pra que eu esteja sempre pronto para trabalhar, seja no teatro, TV ou cinema. Nunca parei de fazer teatro, tendo no currículo cerca de cinquenta peças, entre autores nacionais e estrangeiros. Outro dado que considero importante é o fato de eu ter me dedicado ao máximo aos dois cursos superiores, que foram o Bacharelado em Interpretação Teatral e Licenciatura Plena em Artes Cênicas. Não que eu ache que seja fundamental fazer um curso superior em teatro, mas é claro que ajuda bastante, pois o conhecimento nunca será demais.

Cidade da Mídia – A paixão de Cristo em Custódia foi um sucesso, fale um pouco da emoção de viver Jesus Cristo em Pernambuco, sendo o seu quarto ano na cidade.

Déo Garcez – É a maior emoção da minha carreira, da minha experiência de criar e viver um personagem. Interpretar Jesus Cristo é algo quase que indescritível, tamanha a emoção porque transcende a experiência terrena, digamos assim. Tenho que me controlar bastante para não deixar a emoção me dominar. Nas três primeiras vezes fui convidado pelo diretor Humberto Guerra e agora, pela quarta vez, fui convidado pelo diretor Plínio Fabrício.

Cidade da Mídia – Como é seu encontro anualmente com a Cidade de Custódia, com o Povo de Pernambuco?

Déo Garcez – É incrível no melhor sentido. Sou muito bem recebido por todos em Custódia, onde tenho feito amigos desde a primeira  vez em que estive lá. A cidade tem grandes talentos artísticos e tem sido fantástico acompanhar o crescimento profissional de todos os envolvidos no espetáculo. É uma grande felicidade fazer parte deste projeto, ao qual serei eternamente grato pelo convite. A cidade de Custódia ao chamar um ator negro pra viver Cristo dá um grande exemplo de contemporaneidade, de transgressão positiva ao resto do Brasil e do mundo.

Cidade da Mídia– Nos conte como aconteceu o convite para fazer o Delegado na novela O Outro Lado do Paraíso.

Déo Garcez – O convite aconteceu através da produtora de elenco da novela. Era uma participação numa cena com Fernanda Montenegro, Lima Duarte, Marieta Severo e demais protagonistas. Para minha felicidade essa participação agradou ao Walcyr Carrasco, à Globo e assim continuei na novela, resultando na minha contratação. Me sindo super agradecido!

Cidade da Mídia – O que atribui o sucesso na sua vida profissional?

Déo Garcez – Ao meu talento, claro, porque acredito que ele é fundamental a qualquer profissional, mas também meu estudo e preparo técnico, minha experiência no teatro, o fato de estar sempre praticando meu oficio, à reciclagem e aprimoramento constante. Acredito que sempre tenho algo mais a aprender, nunca penso que sei tudo.

Cidade da Mídia – Como esta vendo a realidade da cultura nesse momento no país, especificamente no Rio de Janeiro?

Déo Garcez – Caótica nem vários aspectos, tanto no Rio quanto no Brasil de um modo geral. Falta uma política cultural que verdadeiramente se preocupe e invista na própria cultura, nos artistas e que beneficie a todos sem distinção. Nossos governantes infelizmente ainda não se conscientizaram de que a arte e a cultura são também molas mestras para o desenvolvimento de uma nação. Faltam espaços físicos, faltam teatros, por exemplo. Vivemos num país de retrocessos das leis e direitos adquiridos. O ensino da arte nas nossas escolas é importantíssimo para a formação dos alunos, e pelo que sei, já não faz parte na programação curricular. A obrigatoriedade do ensino da história da Africa, conforme a lei 10639/3, ainda não é integralmente cumprida. E por aí vai.

Cidade da Mídia – O seu espetáculo Luiz Gama esta fazendo muito sucesso, nos fale um pouco do espetáculo, onde vai estar em cartaz e qual a importância de falarmos de Luiz Gama hoje?

Déo Garcez – O espetáculo “Luiz Gama – Uma Voz pela Liberdade”, que temos feito ao londo de dois anos e meio é realmente um sucesso. Temos viajado pelo Brasil apresentando-se em festivais, em teatros. A dramaturgia é minha, direção de Ricardo Torres, produção de Mário Seixas. Divido o palco com atriz Nivia Helen. A última temporada foi no Centro Cultural Justiça Federal no ano passado e faremos uma nova temporada no próprio CCJF (Centro Cultural Justiça federal) de 11 de maio a 03 de junho deste ano de 2018.

A peça conta a história real e exemplar do brasileiro Luiz Gama, ex -escravo, que postumamente se tornou advogado em 2015 pela OAB, considerado oficialmente por leis federais como o patrono da abolição dos escravos no Brasil e também inscrito no livro dos heróis da pátria.

Cidade da Mídia– Quais seus projetos futuros?

Déo Garcez – Continuar em temporada viajando com o espetáculo “Luiz Gama – Uma Voz pela Liberdade”, fazer um longa metragem, ao qual ainda não posso revelar o nome ainda. E também estou na expectativa de fazer outra novela.

Cidade da Mídia – Como diretor do Sindicato dos Artistas, deixe uma mensagem sobre a importância do Sindicato, da atuação do sindicato para a classe.

Déo Garcez – Venham! Participem do sindicato, pois ele é nosso! Vamos lutar juntos pelos nossos direitos de artistas e trabalhadores!

Cidade da Mídia – Deixe um recado para os leitores do Cidade da Mídia.

Déo Garcez  – Queridos leitores do Cidade da Mídia, enfrentem o restante do ano com disposição, apesar da atual realidade, dos tempos difíceis em que vivemos no nosso país, acreditando em dias melhores para todos nós!

Cidade da Mídia– Déo Garcez obrigada pela entrevista, pela sensibilidade e atenção, a equipe do site Cidade da Mídia deseja há você muito mais sucesso na vida pessoal e profissional.

Deo Garcez, O Outro lado do Paraíso.

Foto: Alex Teix.


 *Entrevista exclusiva para o Cidade da Mídia

*Espetáculo: Luiz Gama/ foto de capa: Vivian Fernández

Ayala Rossana é colunista do Cidade da Mídia,  produtora, atriz Agente Cultural formada pelo curso: PADEC, CECIERJ do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Produz espetáculos de Teatro e realizou a sua primeira direção para o público infantil no espetáculo Os Saltimbancos de Chico Buarque de Holanda. Acredita em uma sociedade que dê direito de oportunidades para todos. Que a Cultura e Educação não seja restrita. Contato

 


 

 

 

 

 

 

 

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Natural de Brasília, carioca de coração. Artista Plástica, desenhista, poetisa e fotógrafa. Começou cedo nas artes, fazendo caricaturas dos amigos ainda no Colegial, fez desenho livre no Oberg Cursos de Desenho e seus quadros seguem o realismo, tendo como mestres Edward Hopper, Gustave Caillebotte e Amadeo Modigliani. Em sua estante tem biografias como de Walt Disney, Victor Hugo e Tony Blair entre outros que fizeram história. Na fotografia desde 2005, fez revelação de fotos em laboratório, época da fotografia Analógica, se rendeu a era digital tendo fotos publicadas em sítios de fotógrafos como o site Olhares e o Fine Art, ambos tendo autores portugueses em sua maioria e participou de muitos Workshops desde então, sendo um deles ministrado pelo grande fotógrafo português Manuel Madeira. Como boa pisciana, arrisca algumas poesias, tendo algumas publicadas no site “Pensador”. Fez exposições de seus quadros em 2014. Se define como amante das artes e dispara que nada sabe, o aprender acontece todos os dias. Colaboradora de vários sites de mídias, com trabalhos publicados em muitos lugares de destaque.

sanny@cidadedamidia.com.br

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