HomeCabine de Imprensa & Crítica“O Reino da Beleza”de Denys Arcand/ Crítica.

“O Reino da Beleza”de Denys Arcand/ Crítica.

“O Reino da Beleza”de Denys Arcand/ Crítica.

O Reino da Beleza / (Le règne de la beauté)

É o “minerva” de uma sociedade que esbanja toda a segurança que o status que o poder econômico podem proporcionar, com um elenco de estrelas conhecidas em um enredo que agrada, na conjugação do belo e do bem estar.
Mas esse mundo protegido não está tão seguro do que conhecemos por felicidade completa.
Luc Sauvageau (Éric Bruneau, Amores Imaginários), um bem-sucedido arquiteto, casado com Stéphanie (Mélanie Thierry, O Teorema Zero), se vê em um caso extra- conjugal, que o envolve e o faz viver essas duas realidades.
Duas mulheres jovens bonitas, porém diferentes…
Em suas viagens a trabalho e seus hobbys o jovem arquiteto não percebe o quão sua mulher está em apuros, sua melancolia e infelicidade saltam aos olhos.
Com amigos também bem sucedidos Luc e Stéphanie vivem a vida e o faz de conta.
Luc vive o seu caso com a bela Lindsay Walker (Melanie Merkosky, O Poeta)  um porto para encontros românticos e devotados.


Algo quase perfeito se a bela amante não lhe fosse tão apaixonada.
Sim! Algo acontece…
O belo reino é Quebec, e os hobbys citados acima vão de esquiar, golfe, hockey e a caça de patos.
Stéphanie vive quase isolada em um mundo todo seu, onde os seus pensamentos são quase impenetráveis, mas o que é silêncio também pode ser ensurdecedor e nesse trocadilho de palavras, vimos cenas de alguém indignada com a cruel realidade ao ver de relance um noticiário… E a perguntar: E nós existimos?
Cena essa que o personagem cresce e quebra toda apatia com o irreal…
E nesse segmento da vida perfeita, percebemos conexões humanas com a arquitetura tão bem cuidada e apresentada, relações frustradas, amores partidos.
Tudo é belo e grandioso, as paisagens, as cidades, as pessoas…
E podemos nos perguntar: Mas é tudo tão perfeito, porque não são felizes?


Considerações:

Com uma fotografia espetacular e lugares perfeitos o “Reino da Beleza” nos impressiona.
Com o decorrer das estações, o inverno propicia elegância aos personagens e temos beleza e beleza, apesar dos conflitos, a história nos parece distante, quase irreal…
Mas Luc e Stephanie nos colocam com os pés no chão, eles são personagens parecidos com outros de outros dramas, romances e a vida real…
Vivem no reino, mas incompletos, algo que nos dá o estalo!
Então é assim, somos todos parecidos nos sentimentos, nos casamentos e até nas relações impróprias.
Denys Arcand que é premiado por As Invasões Bárbaras (Oscar de Melhor Filme Estrangeiro) foi inteligente ao mesclar a alta sociedade e seus conflitos, nos fazendo pensar sobre o que é importante, viver bem, ter amor, luxo e sonhos.

Gênero: romance, drama.

Nota:07,5
Por Sanny Soares/ Rio de Janeiro/ Critica

O Reino da Beleza (2017) – Trailer Legendado  Filmes Fênix

Em cartaz nos cinemas

Data de lançamento: 03 de agosto de 2017 (Brasil)
Direção: Denys Arcand
Produção: Daniel Louis, Denise Robert
Edição: Isabelle Dedieu
Direção de elenco: Deirdre Bowen, Constance Demontoy, Lucie Robitaille
Elenco: Éric Bruneau, Mélanie Thierry, Melanie Merkosky, Juana Acosta, Geneviève Boivin-Roussy, Magalie Lépine Blondeau, Mathieu Quesnel e Johanne-Marie Tremblay.
Roteiro: Denys Arcand, Valérie Beaugrand-Champagne
Fotografia: Nathalie Moliavko-Visotzky
Trilha Sonora: Pierre-Philippe Côtén
Estúdio: Cinémaginaire Inc.
Duração: 102 min

Distribuição: Fênix Distribuidora de Filmes


Sanny SoaresSanny Soares é editora chefe e fundadora do Cidade da Mídia, jornalista, fotógrafa, artista plástica e crítica de cinema.
Em seu curriculum passou pela Revista Canal e o jornal O Campista.
Como fotógrafa é membro do renomado site Olhares e Fine Art Portugal.


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Natural de Brasília, carioca de coração. Artista Plástica, desenhista, poetisa e fotógrafa. Começou cedo nas artes, fazendo caricaturas dos amigos ainda no Colegial, fez desenho livre no Oberg Cursos de Desenho e seus quadros seguem o realismo, tendo como mestres Edward Hopper, Gustave Caillebotte e Amadeo Modigliani. Em sua estante tem biografias como de Walt Disney, Victor Hugo e Tony Blair entre outros que fizeram história. Na fotografia desde 2005, fez revelação de fotos em laboratório, época da fotografia Analógica, se rendeu a era digital tendo fotos publicadas em sítios de fotógrafos como o site Olhares e o Fine Art, ambos tendo autores portugueses em sua maioria e participou de muitos Workshops desde então, sendo um deles ministrado pelo grande fotógrafo português Manuel Madeira. Como boa pisciana, arrisca algumas poesias, tendo algumas publicadas no site “Pensador”. Fez exposições de seus quadros em 2014. Se define como amante das artes e dispara que nada sabe, o aprender acontece todos os dias. Colaboradora de vários sites de mídias, com trabalhos publicados em muitos lugares de destaque.

sanny@cidadedamidia.com.br

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