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A Conferência e a frieza congelante do nazismo/ crítica

A Conferência e a frieza congelante do nazismo/ crítica

A Conferência (The Conference) com direção de Matti Geschonneck e roteiro de  Magnus Vattrodt e Paul Mommertz,

A Conferência  de Wannsee, Berlim 1942  aguça a nossa curiosidade humanitária em um assunto que nos assombra até hoje, não porque estávamos lá, mas porque a história não nos furta a nos entregar o horror vivido, sofrido, arquitetado e impiedoso.

Homens de alta patente, discutindo cada um o seu “problema” as suas questões, o peso porque não dizer?

O peso contado em uma raça, diminuída, tomada como imprópria, o erro: Os judeus!

Em uma elegante sala daquela mansão, ficamos observando cada homem em seu poderio, com a enfadonha missão de limpar varrer uma raça, homens temerosos entre si, mesmo sendo iguais.

Preocupados em manter a sanidade de seus jovens soldados, mas rápidos em sacrificar judeus idosos, ou porque não? Deixa- los no frio rigoroso, quem aguentaria?

A Conferência é a solução final da questão judaica na Europa, ou como eliminar todos os 11 milhões de judeus de uma forma menos aborrecida, menos trabalhosa, menos incomoda.

Pois assim os judeus o quiseram… Eles declararam algo,  ficamos sem saber o que!

A Segunda Guerra, esses homens fieis a Adolfo Hitler, führer como era chamado, não questionavam as suas ordens.

Estamos igualmente apáticos de toda a narrativa, espectadores chocados com  a frieza de homens concentrados neles mesmos.

Uma reunião que trata com um descaso uniforme a vida de pessoas, como se a maldade e o genocídio fossem comum…

Nos assombra vermos o mal sendo arquitetado por esses homens, desprovidos de alguma humanidade!

Preocupados consigo, preocupados com suas futuras promoções, com suas carreiras.

Na ganância de agradar o führer e perplexos e sentimentais com as perdas de alguns oficiais da SS.

Como esses homens realmente pensavam?

Não conseguimos descobrir, ficamos assombrados definitivamente pelas falas ditas, pelo desinteresse em salvar alguma vida e pelas soluções saídas de cada membro desse grupo.

Mas a reunião finaliza e como já  não nos surpreende não nos emociona, ninguém fala mais alto, ninguém contesta…

Vimos homens frios tomando decisões terríveis contra seres humanos, e alguns ainda arriscaram piadas sobre essas pessoas, essa raça como eles  morreriam, mas que não fosse muito trabalhoso ou traumático para seus jovens oficiais.


Considerações finais:

Se tanto o diretor Matti Geschonneck, dono de vasto trabalho no cinema alemão e os roteiristas Magnus Vattrodt e Paul Mommertz, quiseram  mostrar para o espectador  a frieza dos oficiais da alta patente da SS conseguiram.

Nada nos surpreendeu,  a sala fria, os homens apáticos, mas o que nos atormentou em A Conferência foi a banalidade da maldade, como se fosse normal, comum, e como cada homem ali faria com a questão desagradável dos judeus e a ventura em exterminálos.

Solução Final para a Questão Judaica!

80 anos nos separa daquela sala em Berlim nazista, e ainda corremos riscos adversos em termos pensamentos diferentes, em não comungarmos com um grupo ou outro, ou apenas por sermos autênticos.


Crítica | A Conferência - CriCriticos

 O regime nazista perpetrou um dos maiores genocídios da história da humanidade, matando pelo menos 6 milhões de judeus e milhares de outras pessoas que Hitler e seus seguidores consideravam como Untermenschen (“sub-humanos”) e socialmente “indesejáveis”. Os nazistas também foram responsáveis pela morte de mais de 19,3 milhões de civis e prisioneiros de guerra. Além disso, no total, 29 milhões de soldados e civis morreram como resultado do conflito na Europa durante a Segunda Guerra Mundial. O número de fatalidades neste conflito foi sem precedentes e ainda é uma das guerras mais mortais da história.

Nos últimos dias do conflito, durante a Batalha de Berlim em 1945, Hitler se casou com sua amante de longa data, Eva Braun. No dia 30 de abril de 1945, os dois cometeram suicídio para evitar serem capturados pelo exército vermelho.

Seus corpos foram queimados e enterrados. Uma semana mais tarde a Alemanha se rendeu formalmente.


 

 

 

 

 

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Natural de Brasília, carioca de coração. Artista Plástica, desenhista, poetisa e fotógrafa. Começou cedo nas artes, fazendo caricaturas dos amigos ainda no Colegial, fez desenho livre no Oberg Cursos de Desenho e seus quadros seguem o realismo, tendo como mestres Edward Hopper, Gustave Caillebotte e Amadeo Modigliani. Em sua estante tem biografias como de Walt Disney, Victor Hugo e Tony Blair entre outros que fizeram história. Na fotografia desde 2005, fez revelação de fotos em laboratório, época da fotografia Analógica, se rendeu a era digital tendo fotos publicadas em sítios de fotógrafos como o site Olhares e o Fine Art, ambos tendo autores portugueses em sua maioria e participou de muitos Workshops desde então, sendo um deles ministrado pelo grande fotógrafo português Manuel Madeira. Como boa pisciana, arrisca algumas poesias, tendo algumas publicadas no site “Pensador”. Fez exposições de seus quadros em 2014. Se define como amante das artes e dispara que nada sabe, o aprender acontece todos os dias. Colaboradora de vários sites de mídias, com trabalhos publicados em muitos lugares de destaque.

sanny@cidadedamidia.com.br

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