Grade Cultural

Palhaços – temporada Teatro Dulcina – 09/08 até 31/08

Tragicomédia Palhaços leva choque de realidades ao Teatro Dulcina

Diálogo entre palhaço e vendedor de sapatos apresenta questionamentos sobre a vida, os sonhos e perspectivas de realidades distintas dos personagens.

Sucesso absoluto na zona Sul, a Tragicomédia Palhaços está de volta com curta temporada no Teatro Dulcina, no Centro. O espetáculo dirigido por Marcus Alvisi tem como fio condutor o encontro entre o palhaço Careta (Cadi Oliveira) e o vendedor de sapatos Benvindo da Silva (Bernardo Peixoto) no camarim do teatro. O sonho frustrado de Benvindo de se tornar um palhaço profissional causa um conflito com a realidade vivida por Careta. Amor pela profissão, sonhos, realizações, e desilusões são discutidas em perspectivas completamente distintas vistas pelo olhar do artista e do vendedor. Questionamentos da vida e os paralelos encarados por um palhaço profissional e um “palhaço da vida” levantam a ideologia de cada um dos personagens sobre as questões humanas e suas definições do sucesso.

Com diálogos divertidos e reflexivos, Palhaços traça paralelos e questionamentos sobre a perseguição de um sonho. Os obstáculos que impedem de realizar, as dúvidas e incertezas do caminho percorrido. O que será mais importante: Amor a arte e a profissão? Realização? Ou Fama? Em Palhaços é bem provável que o público saia com a resposta.

A Peça

 A figura cheia de nuances do palhaço – personagem cômico e trágico, patético e lírico – encantou o dramaturgo Timochenco Wehbi (1943 -1986) ainda criança, quando um circo mambembe visitou a cidade onde morava. Anos depois, em 1974, essa fascinação motivou a criação de uma peça: a tragicomédia Palhaços, que agora chega ao palco do Teatro Dulcina, após passagem recente pela Casa de Cultura Laura Alvim/Teatro Rogério Cardoso. A direção é de Marcus Alvisi, que, por sua vez, se inspirou em elementos do clássico Os palhaços, de Federico Fellini (um de seus filmes preferidos), para a montagem. A trilha sonora, escolhida pelo encenador, reúne músicas emblemáticas de Nino Rota, um dos parceiros mais frequentes do cineasta italiano.

A trama se desenrola no camarim de um circo popular onde o palhaço Careta recebe a visita de um espectador, vendedor de sapatos. O encontro faz com que ambos os personagens questionem a condição humana, de maneira espirituosa, quando colocam em oposição o “palhaço profissional” e “o palhaço da vida‟. “O espetáculo pode ser visto como uma comédia romântica, no sentido em que fala de sonhos, de ideais, da essência da arte e do amor por ela”, define o diretor Marcus Alvisi. “Em certo sentido, fala sobre um mundo que não existe mais, de mais sonhos, pureza e dedicação ao ofício do artista. Quando a paixão pela profissão era mais importante do que o status e a fama”.

“Estávamos procurando uma peça que trabalhasse a figura do palhaço e tínhamos algumas opções sugeridas pelo Alvisi. Quando li esta do Timochenco Wehbi, me entusiasmei na hora”, lembra Cadi Oliveira. “É muito interessante perceber como o visitante tem uma ideia fantasiosa da vida artística, e como o palhaço vai desconstruindo essa imagem durante o espetáculo”, descreve o ator. Bernardo Peixoto acrescenta que a peça encoraja os espectadores a seguirem seus desejos. “As adversidades não devem impedir que a gente siga um sonho, caso do meu personagem que sonhava em ser palhaço e acabou frustrado como vendedor de sapatos”, concluiu.

 Serviço
Temporada: 09/08 até 31/08
Elenco: Cadi Oliveira e Bernardo Peixoto
Local: Teatro Dulcina
Endereço:  R. Alcindo Guanabara, 17 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20031-130 –
Tel: 2240-4879
Dias: Quartas e Quintas-Feiras
Horários: 19H
Valores do Ingresso: R$ 40,00 (Inteira)
Venda on line: www.ingressorapido.com.br
Duração: 70 min
Classificação: 14 anos


Sanny Soares

Natural de Brasília, carioca de coração. Artista Plástica, desenhista, poetisa e fotógrafa. Começou cedo nas artes, fazendo caricaturas dos amigos ainda no Colegial, fez desenho livre no Oberg Cursos de Desenho e seus quadros seguem o realismo, tendo como mestres Edward Hopper, Gustave Caillebotte e Amadeo Modigliani. Em sua estante tem biografias como de Walt Disney, Victor Hugo e Tony Blair entre outros que fizeram história. Na fotografia desde 2005, fez revelação de fotos em laboratório, época da fotografia Analógica, se rendeu a era digital tendo fotos publicadas em sítios de fotógrafos como o site Olhares e o Fine Art, ambos tendo autores portugueses em sua maioria e participou de muitos Workshops desde então, sendo um deles ministrado pelo grande fotógrafo português Manuel Madeira. Como boa pisciana, arrisca algumas poesias, tendo algumas publicadas no site “Pensador”. Fez exposições de seus quadros em 2014. Se define como amante das artes e dispara que nada sabe, o aprender acontece todos os dias. Colaboradora de vários sites de mídias, com trabalhos publicados em muitos lugares de destaque.

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