“Dia Mundial da Fotografia” e uma entrevista com a nossa editora.

Nosso bate papo é com a nossa editora Sanny Soares, que além de fundadora do nosso site,

é jornalista, fotógrafa, artista plástica e crítica de cinema.

Simetrias , 2009/ crédito: Sanny Soares

Segue um texto da nossa editora para celebrar o dia 19 de agosto, Dia Mundial da Fotografia

O seu dia são todos os que virão, e todo o passado disparado em suas câmeras,
Somos abençoados pela sua invenção, mas os seus inventores foram tantos, de tantas épocas.
Um mister de cores, de ausência delas e seus conceitos.
“Ah quem afirmava: Tira-lhe uma foto e sua alma fica-lhe presa”.
A verdade é que você Fotografia, é a lembrança de todos nós, de Leonardo da Vinci, Angelo Sala, Daguerre, Talbot, George Eastman, James Clerk Maxwell, Ansel Adams, Irving Penn, Arnold Newman, Brassaï e tantos outros.
Sua composição para chegar até os nossos dias, foi dos primórdios de cálculos a escuridão até o limiar de sua atual versão.
Tivemos você representada em tantas “Caixas” com nomes, cores e suas dificuldades.
Que você nos represente Fotografia, que continue a ser a nossa testemunha, a nossa melhor invenção da eternidade.
Obrigada por estar sempre acessível para nós.
Feliz dia de você.

Sanny Soares

Nosso bate papo com Sanny:

CM:Sanny a artista plástica que se encantou pela fotografia?

Sanny:Foi um pouco assim, dos quadros para as fotos, as duas artes são irmãs, não se excluem, uma completa a outra.

CM:Como você vê atualmente o mercado de trabalho para o fotógrafo?

Sanny:Hoje estamos em crise, as pessoas reclamam de dinheiro e infelizmente o fotógrafo profissional, nem sempre tem o seu ganho justo, está bem complicado para todos.

CM:Você passou de fotógrafa amadora para profissional, esse processo foi lento?

Sanny:Eu comecei faz muito tempo, minha filha era pequena, ela foi a minha inspiração para fotos, fui uma mãe com a câmera em punho, e indo lá revelar os filmes... (risos).
 Eu não percebi muito a passagem da amadora para a profissional, acho que a profissão vem, quando você se dedica.

CM:Você teve algum mestre, fez cursos?

Sanny:Fui da época em que podíamos sair por aí, para fazer fotos, víamos o amanhecer, fazíamos fotos de longa exposição, um laboratório de pessoas apaixonadas pela fotografia.
 Fiz workshops com amigos e tive a sorte de ter professores generosos.

CM:A marca da câmera influência a qualidade do trabalho?

Sanny:O fotógrafo tem que ter intimidade com a sua câmera, logo a marca não influência, mas quanto melhor for a sua câmera, melhores trabalhos irá fechar e sus fotos terão melhor qualidade.

CM:O seu perfil de trabalho é estar com artistas, cobrir pautas, eles são simpáticos? Param para fotos?
Sanny:Na maioria das vezes sim, mas já perdi um artista que outro por correrem das fotos.

CM:Você  passou alguma saia justa com o seu equipamento?

Sanny:Esse é o pânico de qualquer fotógrafo, sim e faz pouco tempo...
Minha câmera descarregou completamente e eu não pude cobrir o evento, um amigo me salvou com a sua compacta, atualmente verifico com mais atenção os equipamentos.

CM:Você acha que as fotos tiradas de celulares pelos convidados em um evento prejudicam o fotógrafo contratado?

Sanny:Em qualidade nunca! Mas eles conseguem atrapalhar bastante, pois ficam entre você e o motivo, e nisso o material se perde um pouco, eles não saem da frente, é unânime entre nós essas reclamações.

CM:O que você diria para um aspirante a profissão de fotógrafo?

Sanny:Tem que ser apaixonado e não só gostar ou achar bacana estar com artistas e suas fotos saírem em veículos de mídia. É muito bom, mas requer estudo e dedicação, horas em edições de fotos é trabalho e não vai ficar rico! (Risos)

CM:A fotógrafa além de artista plástica é cinéfila?

Sanny:Sou muito! E assisto o mesmo filme trinta vezes, amo cinema e gosto de todos os gêneros de filmes, terror e suspense são sempre a minha busca na Netflix, fazendo propaganda...

CM:Você me falou que tem saudade do tempo da foto analógica, por quê?

Sanny:Eu conheci a fotografia nas câmeras analógicas, me recordo quando a fotografia digital começou a ganhar o mercado e os rolos de filmes a sumirem das prateleiras, os donos das lojas de revelação tiveram que se adaptar e infelizmente muitos tiveram que fechar as portas.
Demorei muito para fazer a mudança do equipamento da analógica para digital, acho que depreciou a profissão, infelizmente...
A fotografia no papel era superior, hoje é só descarregar o cartão de memória, apagar e clicar novamente.

CM:Para finalizar o nosso bate papo nos dê uma dica de filme e seu diretor predileto?

Sanny:Tem tantos, mas vou em um filme que é encantador: Meia-Noite em Paris, de Woody Allen, diretor M. Night Shyamalan, seus filmes agradam muito.
Dica para a telona:Annabelle 2: A Criação do Mal.

Por Lilianna Amado, jornalista e redatora

Nosso Bate- papo é conteúdo exclusivo do Cidade da Mídia, pedimos por gentileza que não usem o material da entrevista, sem pedido prévio.

Seguem alguns trabalhos da nossa entrevistada